Ceará: chuvas ampliam contagem de açúdes sangrando para 66 e mudam paisagens

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Quatro açudes interromperam a marca de mais de uma década sem sangrar: Poço do Barro, Carmina, Caxitoré e Edson Queiroz. Mas ainda há reservatórios em situação de alerta Foto: Divulgação

Uma contagem que diariamente tem avançado e traz alegria de se ver, além de mais segurança hídrica. A quadra chuvosa continua positiva para o Ceará em 2024.

Quatro açudes interromperam a marca de mais de uma década sem sangrar: Poço do Barro (Morada Nova), Carmina (Catunda), Caxitoré (Umirim) e Edson Queiroz (Santa Quitéria). Com isso, o número total aumentou para 66 reservatórios vertendo atualmente, segundo informa a Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh).

Desde julho de 2009 sem ultrapassar seu volume máximo de 52 milhões de m³, o Poço do Barro é o 5º da sub-bacia do Banabuiú a sangrar em 2024. Tem importância para a perenização do riacho Livramento, em um trecho de cerca 45 km, e para irrigação e dessedentação animal.

O Carmina (13,1 milhões de m³) também não vertia há 15 anos, sendo da região do Acaraú, que está em situação muito confortável, com 94,3% de suas reservas hídricas. Na mesma bacia, o Edson Queiroz (254 milhões de m³) sangrou pela última vez em 2011, abastecendo a sede de Santa Quitéria e outros distritos próximos.

Além destes, o Caxitoré, na Bacia do Curu, iniciou a sangrar nesta segunda-feira (8) depois de 15 anos, passando do volume total de 202 milhões de m³, atendendo a sede de Umirim e perenizando o rio Curu no segundo semestre. Outras bacias hidrográficas da região norte do Estado mantém ótimo nível volumétrico, com o Coreaú em 98% e o Litoral com 99,7%.

Em alerta

Apesar dos bons volumes registrados nas bacias mais ao norte do Ceará, a região hidrográfica dos Sertões de Crateús segue em alerta (abaixo de 30% da capacidade), com volume de 21,7%. Outros 31 açudes continuam com reservas menores que 30%, sendo a maioria no Alto e no Médio Jaguaribe e no Banabuiú.