Como já era esperado, a inflação continua a subir puxada pelos combustíveis e educação. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi de 0,74% em agosto, na Região Metropolitana de Fortaleza, 0,57 ponto percentual (p.p.) acima da taxa de 0,17% registrada em julho.
No ano, o IPCA acumula alta de 3,62% e, nos últimos 12 meses, de 4,50%. Em agosto de 2022, a variação havia sido de -0,74%.
Sete grupos com alta
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete tiveram alta no mês de agosto. O maior impacto positivo (0,40 p.p) veio dos Transportes e a maior variação (2,59%) de Educação. Destacam-se, ainda, as altas de Saúde e cuidados pessoais (1,04% e 0,14 p.p.) e Habitação (0,77% e 0,12 p.p.). No lado das quedas, o grupo Alimentação e bebidas caiu pelo terceiro mês consecutivo (-0,59% e -0,14 p.p.). Os demais grupos ficaram entre o -0,59% de Artigos de residência e o 0,74% de Vestuário.
Alimentação recua
A queda do grupo Alimentação e bebidas (-0,59%) deve-se principalmente ao recuo nos preços da alimentação no domicílio (-0,78%). Destacam-se as quedas da batata-inglesa (-10,07%), do tomate (-8,14%), do feijão fradinho (-4,91%), tubérculos, raízes e legumes (-5,93%), Cereais, leguminosas e oleaginosas (-1,85%) e carnes (-1,27%). No lado das altas, destacam-se a subida dos preços da manga (10,49%), mamão (7,65%), alho (5,87%) e laranja-pera (3,50%).
Nos Transportes (2,08%), a alta do táxi (16,29%) é decorrente do reajuste de nas tarifas a partir do dia 24 de julho, nesse grupo também houve influência da variação dos preços do óleo diesel (6,82%) e gasolina (4,98%).
No grupo Educação a variação registrada pela pesquisa foi influenciada pelo reajuste dos cursos regulares (3,01%). Por fim, o grupo Habitação teve sua variação impulsionada pela alta na energia elétrica residencial (2,76%).
Para 2023
A previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) - considerada a inflação oficial do País para 2023 teve elevação de 4,92% para 4,93%. Para 2024, a estimativa de inflação ficou em 3,89%. Para 2025 e 2026, as previsões são de 3,5% para os dois anos.
A estimativa para este ano está acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é de 3,25% para 2023, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,75% e o superior 4,75%. Segundo o BC, no último Relatório de Inflação, a chance de a inflação oficial superar o teto da meta em 2023 é de 61%.