Imóveis residenciais em Fortaleza acumulam valorização de 4,97% em 12 meses

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Em janeiro, os imóveis residenciais na Capital cearense registraram valorização de 1,04%, devolvendo -0,20% em fevereiro, segundo o indicador da Abecip

Imóveis residenciais em Fortaleza apresentam uma valorização acumulada de 4,97% em 12 meses. Já em fevereiro, a Capital cearense registrou uma ligeira retração de -0,20, segundo análise do Índice Geral do Mercado Imobiliário Residencial (IGMI-R), da Abecip.

No País

O indicador geral do País revela um comportamento ascendente significativo, com incrementos mensais de 1,17% em janeiro e de 1,53% em fevereiro, sinalizando viés de alta. Consequentemente,a taxa de variação acumulada anual observou um avanço, movendo-se de 8,30% em janeiro para 9,28% em fevereiro.

O aumento acumulado reflete a dinâmica positiva do mercado imobiliário residencial, indicando não apenas a recuperação do setor, mas também o potencial para investimentos futuros, dadas as expectativas de valorização contínua dos imóveis residenciais nesse ambiente econômico.

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10 capitais

Em fevereiro, uma análise detalhada do mercado imobiliário nas dez principais capitais revelou uma dinâmica de crescimento variado em cinco capitais - São Paulo, Belo Horizonte, Recife, Porto Alegre, e Brasília - exibindo aumentos mensais em suas variações de preço que superaram os valores registrados em janeiro.

Destacando-se nesse grupo, Belo Horizonte registrou a ascensão mais significativa, com um salto para 5,50%, enquanto Fortaleza observou a menor variação, marcando uma ligeira retração de -0,20%. A performance de Belo Horizonte não apenas sobressaiu pela sua alta expressiva, mas também pela aceleração, onde sua variação mensal avançou de 1,21% para 5,50%, evidenciando um aquecimento particularmente forte no mercado imobiliário local.

Por outro lado, Goiânia apresentou a maior desaceleração entre as capitais analisadas, com sua taxa de crescimento declinando de 2,42% para 0,85%, sugerindo uma moderação no ritmo de aumento dos preços imobiliários na cidade.

Influências

Esse panorama de fevereiro reflete a heterogeneidade do mercado imobiliário brasileiro, onde diferentes capitais apresentaram ritmos distintos de ajuste nos preços. Tal diversidade de desempenho pode ser atribuída a uma variedade de fatores locais, incluindo oferta e demanda de imóveis, condições econômicas regionais, e a implementação de políticas públicas específicas ao setor imobiliário.

No que se refere às taxas interanuais, apenas três das dez cidades analisadas: Rio de Janeiro, Fortaleza e Porto Alegre apresentaram desaceleração e não acompanharam a tendência da média nacional.

Análise de mercado

No contexto mais recente, inaugurado em meados de 2023, delineia-se uma divergência notável entre os comportamentos do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e do Índice Geral do Mercado Imobiliário Residencial/ABECIP (IGMI-R/Abecip). O índice é considerado o confiável do setor, pois é calculado com base nos laudos de imóveis financiados pelos bancos. 

Enquanto o IPCA registra uma variação anual em torno de 4,5%, o IGMI-R/Abecip exibe taxas anuais de crescimento substancialmente mais altas em torno de 9,28%, indicando um fenômeno de descolamento entre os dois indicadores, apontando para um momento de retomada no crescimento real do mercado imobiliário, em comparação direta com a inflação medida pelo IPCA.

Este cenário sinaliza uma importante inflexão na dinâmica econômica, especialmente para o setor imobiliário. A ascensão do IGMI-R/ABECIP, em contraste com uma variação moderada do IPCA, sugere que o mercado imobiliário está não apenas se recuperando, mas também ganhando força em termos reais. A mudança de tendência observada no início de 2024 reforça a perspectiva de um viés de recuperação para o setor, possivelmente impulsionada por uma combinação de fatores econômicos.

Potencial de investimento

A evidência de um crescimento real no mercado imobiliário, em um período caracterizado por uma inflação controlada, ressalta o potencial de investimento e a atratividade do setor. Além disso, sugere que as medidas de política econômica, possivelmente ajustes na política monetária ou incentivos específicos ao setor imobiliário, podem estar surtindo efeito. Este momento destaca a resiliência e o dinamismo do mercado imobiliário como um componente crucial da economia, capaz de se adaptar e prosperar mesmo diante de desafios macroeconômicos.