Governo aguarda planos das aéreas em 10 dias para baixar passagens

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O combustível para aviões, Querosene de Aviação (QAV) já apresentou redução superior a 14%, entretanto, as passagens aéreas seguem em alta

O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, se reuniu com representantes das principais empresas do setor com objetivo de encontrar soluções para baratear o preço dos bilhetes. A expectativa é de que seja apresentado em 10 dias um plano nesse sentido.

Durante o encontro, Costa Filho destacou que as tarifas praticadas, atualmente, pelas empresas dificultam a democratização do transporte aéreo. "Esses aumentos exorbitantes no setor têm prejudicado o bolso do povo brasileiro e nós não vamos permitir que o trabalhador pague caro para viajar”, destacou.

O combustível para aviões, Querosene de Aviação (QAV) já apresentou redução superior a 14%, entretanto, as passagens aéreas seguem em alta. Clique para ler matéria sobre o tema. 

Atualmente, 98% da aviação civil brasileira está concentrado nas mãos de três companhias aéreas - Latam, Gol Linhas Aéreas, Azul e ainda a Voepass.

Turismo

Desde o início do novo Governo Federal, o Ministério de Portos e Aeroportos vem mantendo constante interlocução com as empresas aéreas, a fim de discutir medidas que possam ser implementadas para reduzir os preços das passagens aéreas no Brasil. O ministro ressaltou que a diminuição da tarifa de transporte aéreo ajudará o país a avançar no desenvolvimento do Turismo.

Movimentação de passageiros

Mesmo com os bilhetes aéreos mais caros, o volume de passageiros segue subindo. Entretanto, os preços para voar são um gargalo para o turismo. “Esse ano nós vamos ter um crescimento na aviação brasileira, saindo de 89 milhões de passageiros para quase 100 milhões”, acrescentou Costa Filho. As empresas aéreas se comprometeram a apresentar, nas próximas semanas,  um plano concreto de redução dos valores das passagens a curto prazo. 

“Estamos buscando alternativas e fazendo um trabalho de convencimento com todos os agentes sobre a importância de termos tarifas mais baratas no país , como a aprovação do Fundo Nacional de Aviação Civil (Fnac) e o estímulo de crédito junto ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social)”, disse o ministro.

A média anual nos preços da passagens aéreas para um trecho é de R$ 580 para apenas um trecho, mas faltando poucos dias para o embarque há um salto no preço, aponta o ministro. "Isso vai contra o consumidor brasileiro. Então esses aumentos ijustificáveis, nós não vamos aceitar", diz. 

Voa Brasil

O titular do MPor também reforçou que o ministério tem trabalhado junto ao Congresso Nacional para aprovar medidas que possam incentivar o fomento da aviação nacional. Além disso, afirmou que o plano de passagens aéreas mais baratas chamado de "Voa Brasil", destinado a determinados segmentos, como aposentados e servidores públicos, não foi abandonado, mas só deve ser contemplado com lançamento previsto para janeiro - já houve vários adiamentos.

"Mas essa proposta só atinge de 2 milhões a 8 milhões de brasileiros, pois é destinado a um público específico". Mas são 200 milhões de brasileiros e dos 100 milhões de passageiros que viajam ao ano são apenas de 15 milhões a 18 milhões de CPFs, existe a possibilidade de inserir de 30 milhões a 50 milhões de brasileiros na aviação". Na primeira etapa, que vai buscar a ociosidade dos voos, viria o público específico do "Voa Brasil", com uma passagem por ano, naturalmente de ida e volta.

Custos do setor

Os valores cobrados pelas passagens estão diretamente relacionados à estrutura de custos das companhias. Entre as ações que podem gerar redução no preço das passagens estão a queda no preço do combustível de aviação (QAv), responsável por 40% do preço da passagem, a diminuição do excesso de judicialização das relações de consumo nesse setor, a redução (ou não elevação) da tributação incidente sobre a aviação civil e, por fim, o estímulo à concorrência e à entrada de novas empresas aéreas no mercado brasileiro, que já está em andamento. De 100% das ações judiciais no mundo, no setor aéreo, 70% estão no Brasil.