Fortaleza lidera no ranking do NE por maior volume de gastos com pessoal

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Levantamento do anuário MultiCidades – Finanças dos Municípios do Brasil apresenta ranking com as 10 prefeituras que mais gastaram com servidores  em 2022. O estudo indicou que Fortaleza teve uma despesa de R$ 4,68 bilhões com pessoal

O levantamento, obtido em pesquisa realizada pela Frente Nacional de Prefeitas e Prefeitos (FNP) com dados de 2022, apresentou ainda um ranking com as 10 principais prefeituras com mais custos nesse setor.

O estudo indicou que Fortaleza teve uma despesa de R$ 4,68 bilhões com pessoal. Já Recife precisou desembolsar R$ 2,89 bilhões. Salvador aparece em 3º lugar no ranking, também com custo de R$ 2,86 bilhões com servidores.

Destacam-se ainda no levantamento as cidades de Teresina (PI), com R$ 1,87 bilhão em custos, e São Luís (MA), que despendeu R$ 1,79 bilhão.

No País

No ranking nacional, as cidades com as maiores despesas com pessoal foram São Paulo (SP), com R$ 25,76 bilhões, Rio de Janeiro (RJ), com R$ 16,3 bilhões, Belo Horizonte (MG), que gastou R$ 5,32 bilhões, Curitiba, com R$ 4,79 bilhões, e Fortaleza (CE), que teve R$ 4,68 bilhões com gastos com pessoal.

Transparência

Realizado pela FNP, o anuário MultiCidades apresenta conteúdo técnico em linguagem amigável e é uma ferramenta de transparência das contas públicas, com dados do desempenho das cidades. A 19ª edição traz análises sobre o desempenho das despesas com pessoal, assim como rankings per capita e indicadores da relação entre gasto com pessoal e receita corrente. A publicação conta com a consultoria da Aequus e o apoio de Dahua Technology, Febraban, BRB, BYD e Itaú.

Raio X nacional

Ao avaliar os dados gerais dos municípios brasileiros, levantamento do anuário MultiCidades – Finanças dos Municípios do Brasil, apontou que a despesa das prefeituras brasileiras com pessoal registrou um aumento real de 8,3%, passando de R$ 401,39 bilhões em 2021 para R$ 434,62 bilhões em 2022, o que significou um adicional de R$ 33,23 bilhões ao gasto municipal.

Apesar disso, o bom desempenho das receitas fez com que a participação das despesas com pessoal na receita corrente tenha recuado, em 2022, pelo quinto ano consecutivo, como explicou a economista Tânia Villela, editora do anuário.

“Com o fim do congelamento dos salários pela Lei Complementar 173/2020, que vedou qualquer tipo de ampliação de despesa com pessoal entre maio de 2020 e dezembro de 2021, a pressão por recomposição, o reajuste do piso do magistério e do salário mínimo elevaram a despesa com pessoal a um novo patamar em 2022. Porém, a participação da despesa com pessoal na receita corrente recuou pelo quinto ano consecutivo, alcançando, em 2022, o mesmo patamar do biênio 2005-2006, de 44%, a menor de toda a série histórica, iniciada em 2002. Esse resultado só foi possível devido ao crescimento de 9,1% da receita corrente, ficando acima do aumento do gasto com pessoal no ano”.

Obrigações

Quanto às obrigações patronais sobre a folha de pagamento, que incluem as contribuições ao Regime Geral de Previdência Social (RGPS), aos Regimes Próprios de Previdência Social (RPPS) e ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) – no caso de empregados públicos – estas apresentaram um incremento de 8,3%, adicionando mais R$ 2,35 bilhões.

Em relação aos benefícios previdenciários pagos pelos Regimes Próprios de Previdência Social (RPPS) municipais, as aposentadorias tiveram um aumento de 5,4%, R$ 3,13 bilhões a mais em relação a 2021, enquanto as pensões cresceram 3,2%, com mais R$ 273,8 milhões.