Ministro dos Portos e Aeroportos vistoria investimentos no Fortaleza Airport

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Ao lado da CEO da Fraport no Brasil, Andrea Pal, o governador Elmano de Freitas, o ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa, vistoriou obras realizadas pela concessionária da ordem de R$ 1,6 bilhão Foto: Divulgação

O Aeroporto Internacional de Fortaleza teve sua estrutura vistoriada na manhã de sexta-feira (3) pelo ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho. Em visita ao Estado, Costa Filho esteve ao lado do governador local, Elmano de Freitas, e da CEO da Fraport no Brasil, Andrea Pal.

A Fraport opera o Aeroporto Internacional de Fortaleza desde o início de 2018 e já concluiu as principais etapas de intervenções em sua infraestrutura. Com investimentos da ordem de R$ 1,6 bilhão, foram concluídas a ampliação do terminal de passageiros, ampliação de salas de embarque, nova área de check-in, novo acesso viário, modernização do sistema de operação, entre outras intervenções.

Movimentação de passageiros

De janeiro a março de 2024, foram mais de 100 mil pessoas embarcadas em cerca de 550 pousos e decolagens internacionais na capital cearense. O aumento foi de mais de 50% em relação a igual período de 2023, quando cerca de 66 mil turistas passaram pelo terminal.

Silvio Costa Filho ressaltou o comprometimento do Governo Federal durante a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no impulsionamento do desenvolvimento econômico e na melhoria da qualidade dos serviços oferecidos à população brasileira.

Complexo do Pecém

O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, e o secretário Nacional de Portos e Transportes Aquaviários, Alex Sandro de Ávila, realizaram uma visita técnica ao Complexo Portuário do Pecém.

O local, com mais de 19 mil hectares de área, possui infraestrutura robusta e localização geográfica privilegiada, destacando-se como a casa do Hidrogênio Verde (H2V) no Brasil, abrigando os primeiros projetos do setor no país. O objetivo da visita foi conhecer os projetos voltados para energias renováveis, a fim de servirem como exemplos para outras autoridades portuárias. É importante destacar que o Brasil tem o compromisso de aumentar suas capacidades no campo das energias renováveis, visando garantir a preservação ambiental e proporcionar mais qualidade de vida à população.

Referência em H2V

Durante a visita, Silvio Costa Filho ressaltou a importância estratégica do porto como um hub de excelência, possibilitando um canal direto, por exemplo, com a região da Europa, viabilizando o transporte e exportação do referido produto para lá. "Eu não tenho dúvidas de que o Porto do Pecém será uma referência mundial em hidrogênio verde, e queremos exportar essa tecnologia para os países europeus e demais interessados, o que estimulará ainda mais o crescimento econômico da região", disse.

Alex Sandro de Ávila destacou os investimentos no complexo em relação a projetos de energias renováveis, especialmente o Hidrogênio Verde. "É um excelente hub para permitir um canal direto, por exemplo, com a região da Europa. Estamos investindo na proposta econômico-financeira para permitir que tenha um custo acessível e, assim, posicionar o Brasil na vanguarda da competitividade no fornecimento de energia renovável, como o hidrogênio verde, para o mundo", disse.

Infraestrutura

O Complexo do Pecém é composto por três grandes frentes: a Área Industrial, que abriga algumas das principais unidades fabris do Nordeste brasileiro; o Porto do Pecém, um terminal offshore de classe mundial; e a Zona de Processamento de Exportação (ZPE) Ceará, a primeira a operar no Brasil, que possui uma nova área de mais de 1.900 hectares para receber novos investimentos. É nessa área que serão instaladas as empresas que produzirão H2V no Pecém.

Atualmente, o complexo conta com seis pré-contratos assinados, somando cerca de US$ 8 bilhões em investimentos até 2030. Isso deve duplicar a quantidade de empregos diretos e indiretos na região, que atualmente é de 80 mil.

Para receber as empresas que produzirão hidrogênio verde no Pecém, a estrutura do Complexo e do Porto será modernizada. Para isso, será criado um corredor de utilidades por onde circularão os dutos de amônia, gás natural, hidrogênio, água e a rede de energia elétrica. O píer 2 e o terminal de múltiplas utilidades devem passar por adaptações para a operação de amônia e outros derivados do hidrogênio verde.

"Nesse processo de instalação do hub de H2V, estamos nos preparando para produzir e exportar o hidrogênio, enquanto o Porto de Roterdã se prepara para receber e distribuir pelo mercado europeu", destaca o presidente do Complexo do Pecém, Hugo Figueirêdo. O Porto do Pecém e o Porto de Roterdã constituirão a rota de exportação/importação de H2V mais próxima entre a América do Sul e a Europa.