FIEC e Fortescue fazem parceria para impulsionar cadeia de valor do hidrogênio verde

fiec
O termo que assinamos com a Fortescue,  é para identificarmos o que é necessário, em termos de mão de obra, para qualificarmos as pessoas

A Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), por meio do SESI e do SENAI, e a Fortescue assinaram um termo de parceria com o objetivo de estabelecer um grupo de trabalho para desenvolver iniciativas de apoio a empregos, setores e economia sustentável do Estado do Ceará, o que inclui a capacitação de mão de obra para cadeia de hidrogênio verde e a responsabilidade social. A solenidade aconteceu na Casa da Indústria.

No ato da assinatura,  nesta terça-feira (07/05), a FIEC foi representada pelo Presidente Ricardo Cavalcante; pelo 1º Vice-Presidente, Carlos Prado; pelo Diretor Administrativo, Edgar Gadelha; e pelo Diretor Regional do SENAI e Superintendente Regional do SESI Ceará, Paulo André Holanda. 

Já a Fortescue foi representada pelo Gerente de Comunidade e Performance Social na América Latina, Hugo Diogo. A cerimônia também contou com a participação remota do Gerente Regional de Relações Governamentais e Comunidades da Fortescue, Sebastián Delgui.

Mão de obra

“É um momento especial, pois estamos discutindo, há mais de três anos, esse projeto do hidrogênio verde, junto ao Governo do Estado e a academia. Hoje, este termo que assinamos com a Fortescue,  é para identificarmos o que é necessário, em termos de mão de obra, para qualificarmos as pessoas. Nos últimos dois anos, o SENAI Ceará já qualificou mais de 10 mil pessoas na área de energias e o volume de demanda que está por vir, na transformação energética, com o hidrogênio verde, é muito grande - não apenas no Pecém, mas no interior do estado, para produzir energia solar e eólica a fim de abastecer esse equipamento”, disse Ricardo Cavalcante, ao se referir ao epicentro da produção de hidrogênio verde no Ceará, que está em avanço no Pecém.

Estudos

“Para esta agenda de trabalho que estamos firmando temos estudos internos a serem feitos, em parceria com a FIEC, para trocar informação e conhecimento sobre o que precisamos fazer para garantir a implementação e o maior impacto possível, dentro de 4 pilares: educação verde; geração de emprego; potencialização da cadeia de fornecedores locais; e pesquisa e desenvolvimento. Então vamos detalhar estratégias e avançar”, comentou Hugo Diogo.

A proposta do trabalho conjunto é identificar as funções e resultados de aprendizagem associados à construção e operação de fábricas e instalações associadas à cadeia de valor do H2V, para subsidiar o desenvolvimento de programas de formação. Isso também inclui o apoio à participação empresarial local, das comunidades indígenas, mulheres e pessoas com deficiência, em oportunidade de emprego e/ou negócios, entre outros objetivos. A iniciativa faz parte dos altos padrões da Fortescue de promover relacionamento com as comunidades onde desenvolve projetos, dentro da sua política de Transição Justa como parte da revolução verde que a empresa faz no mundo.

“Unindo o conhecimento e a experiência da FIEC com o que a Fortescue tem, conseguiremos avançar mais rápido no processo de educação verde para identificar habilidades específicas para a indústria de hidrogênio verde e construir conteúdos pedagógicos e grades curriculares específicas para isso. E, também, como podemos incluir comunidades e populações em situação de marginalidade ou de vulnerabilidade dentro desse processo de transição energética e justa; e como podemos fomentar pequenas e médias empresas locais”, completa Hugo.

Ceará preparado

Segundo Paulo André Holanda, a cadeia das energias renováveis inclui diversos setores e o papel do SESI e do SENAI tem sido fundamental nessa transversalidade. “Não existe apenas a área das energias. São áreas transversais, pois iremos precisar de profissionais da construção civil pesada, na metalmecânica, da automação, da inteligência artificial, refrigeração, mineração etc. Temos, hoje, 25 segmentos industriais em que atuamos, com um portfólio de 330 cursos de diversas modalidades - cursos técnicos, de qualificação e aperfeiçoamento. O SENAI e o SESI Ceará estão preparados para essa nova era do conhecimento”, disse.

“A Fortescue quer gerar um impacto positivo na sociedade. Com essa sinergia que temos com a FIEC, criar este grupo de trabalho será muito positivo para nós que estamos procurando ser a primeira empresa que tem uma planta de hidrogênio verde em funcionamento, no Ceará”, comentou Sebastián Delgui.

A parceria com a FIEC é parte da estratégia de avanço da Fortescue no Ceará, que, atualmente, está em fase de pré-viabilidade. O prosseguimento para a fase de construção depende ainda de uma decisão final de investimento da empresa.

Também estavam presentes na solenidade de assinatura: o Superintendente de Relações Institucionais da FIEC, Sérgio Lopes; o Consultor de Energia da FIEC, Jurandir Picanço; o Coordenador do Núcleo de Energia, Constantino Frate; além de gerentes do SESI e do SENAI Ceará.