Desemprego tem menor taxa da série histórica no País (5,8%); taxa de 6,6% no Ceará

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O recorde do desemprego no País se reflete na queda em 18 das 27 UF e estabilidade em nove estados. No Ceará, a taxa caiu de 8,0% para 6,6% do primeiro para o segundo trimestre do ano Foto: Divulgação

O IBGE detalhou os desdobramentos estaduais da menor taxa de desemprego já registrada pelo País na série histórica desde 2012, de 5,8%, no segundo trimestre de 2025. No Ceará, a taxa caiu de 8,0% (1º trimestre de 2025) para 6,6%, no segundo trimestre deste ano.

Em todo o País, comparada aos primeiros três meses do ano, a desocupação apresentou redução em 18 das 27 Unidades da Federação e ficou estável nas outras nove, segundo dados da PNAD Contínua.

Busca por ocupação cai 21%

O reflexo desse desempenho é a redução dos contingentes em busca de uma ocupação, ou seja, há mais oportunidades que estão absorvendo os trabalhadores, mesmo aqueles que apresentavam mais dificuldade em conseguir um trabalho”, aponta William Kratochwill, analista da pesquisa.

2º trimestre 

No segundo trimestre, a desocupação no país caiu 1,2% em relação ao índice registrado no primeiro trimestre deste ano, que foi de 7%. No recorte das Unidades da Federação, as menores taxas foram registradas em Santa Catarina (2,2%), Rondônia (2,3%) e Mato Grosso (2,8%). As maiores, em Pernambuco (10,4%), Bahia (9,1%) e Distrito Federal (8,7%).

Resiliência

De acordo com William Kratochwill, analista da pesquisa, os dados mostram um mercado de trabalho aquecido e resiliente, com redução da taxa de desocupação no país. “O reflexo desse desempenho é a redução dos contingentes em busca de uma ocupação, ou seja, há mais oportunidades que estão absorvendo os trabalhadores, mesmo aqueles que apresentavam mais dificuldade em conseguir um trabalho”, disse

Rendimento

O rendimento real mensal habitual foi de R$ 3.477, uma alta nas duas comparações: frente ao trimestre anterior (R$ 3.440) e ao mesmo trimestre de 2024 (R$ 3.367). Na comparação trimestral, o Sudeste (R$ 3.914) foi a única região com alta significante do rendimento, enquanto nas demais houve estabilidade. Frente ao 2º trimestre de 2024, o rendimento cresceu no Sudeste e no Sul (R$ 3.880).

A massa de rendimento real habitual (R$ 351,2 bilhões) cresceu. O Sudeste apresentou a maior massa de rendimento real ao longo da série histórica (R$ 177,8 bilhões). Em relação ao 1º trimestre de 2025, a massa de rendimentos cresceu em quatro regiões, e somente o Sul (R$ 63 bilhões) apresentou estabilidade.
 
Gênero e raça

A taxa de desocupação foi de 4,8% para os homens e 6,9% para as mulheres no segundo trimestre de 2025. No recorte por cor ou raça, o índice ficou abaixo da média nacional para brancos (4,8%) e acima para pretos (7%) e pardos (6,4%).
 
Escolaridade

A taxa de desocupação para pessoas com ensino médio incompleto (9,4%) foi maior que as dos outros níveis de instrução aferidos. Para as pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi de 5,9, o dobro da verificada para nível superior completo (3,2%).
 
Fila do desemprego

No segundo trimestre de 2025, havia 1,3 milhão de pessoas que procuravam trabalho durante dois anos ou mais, o menor contingente da série para um segundo trimestre desde 2014 (1,2 milhão). O indicador recuou 23,6% em relação ao segundo trimestre de 2024.
 
Carteira assinada 

No Brasil, o percentual de empregados com carteira assinada no setor privado foi de 74,2% no segundo trimestre de 2025. Os maiores percentuais foram registrados em Santa Catarina (87,4%), São Paulo (82,9%) e Rio Grande do Sul (81,2%), e os menores, no Maranhão (53,1%), Piauí (54,5%) e Paraíba (54,6%).
 
Conta própria

O percentual da população ocupada do país trabalhando por conta própria foi de 25,2%. Os maiores percentuais foram de Rondônia (35,3%), Maranhão (31,8%) e Amazonas (30,4%) e os menores, do Distrito Federal (18,6%), Tocantins (20,4%) e Mato Grosso do Sul (21,4%).