
O turismo esportivo e de aventura no Ceará apresentou forte crescimento em 2025, com destaque especial para as modalidades que envolvem vento, como o kitesurf e o windsurf. Segundo dados da Secretaria do Turismo do Ceará (Setur-CE), o número de turistas nesse segmento saltou de 297.515 em 2024 para 350 mil em 2025, um aumento de 17,6%. O gasto médio per capita atingiu R$ 3.965,45. Já a receita turística direta derivada deste tipo de turismo cresceu de R$ 1,145 bilhão para R$ 1,387 bilhão, o que equivale a um avanço de 21,2% em apenas um ano.
Ventos impulsionam
Para o secretário do Turismo, Eduardo Bismarck, os ventos fazem do Ceará um destino único no cenário mundial, proporcionando condições ideais para a prática de esportes como kitesurf e windsurf. “Esse diferencial natural, aliado ao compromisso do governador Elmano em investir em infraestrutura, segurança e promoção internacional, tem consolidado nosso estado como referência no turismo esportivo. Os números de 2025 refletem essa vocação e mostram que estamos transformando potencial em desenvolvimento sustentável, gerando emprego, renda e fortalecendo ainda mais a imagem do Ceará no mundo”.
Temporada do kite
O Ceará vive, neste momento, a chamada temporada dos ventos, que geralmente se estende de agosto a janeiro, com ápice entre setembro e novembro. Nesse período, o estado recebe ventos constantes que variam de 20 a 30 nós, condições ideais para esportes como kitesurf e windsurf. Esse fenômeno atrai turistas de todo o mundo, desde iniciantes até atletas profissionais, que encontram no litoral cearense uma combinação perfeita de ventos fortes, céu limpo e mar morno.
Praias mais buscadas
As praias mais procuradas por praticantes são Cumbuco, a cerca de 30 km de Fortaleza, considerada um dos maiores playgrounds de vento do mundo; Preá, ao lado de Jericoacoara, famosa por seus ventos fortes e cenário perfeito para manobras; e Jericoacoara, um dos destinos mais icônicos do país, que combina belezas naturais com ventos consistentes de julho a janeiro. Locais como Icaraizinho de Amontada e a Ilha do Guajirú, em Itarema, também se destacam por suas condições privilegiadas, atraindo kitesurfistas que buscam experiências únicas em ambientes de águas calmas e ventos constantes.
Com números robustos e a vocação natural para os esportes de vento, o Ceará se consolida como um dos principais destinos globais de kitesurf e windsurf. E a Secretaria do Turismo do Ceará segue firme no propósito de elevar ainda mais o setor, fortalecendo o turismo esportivo, gerando emprego e renda e assegurando um crescimento sustentável.
433 mil empregos no NE
O turismo nordestino alcançou, em 2024, o maior número de empregos formais dos últimos seis anos, superando o patamar pré-pandemia. Foram 433,3 mil trabalhadores empregados no setor, equivalentes a 18,6% das vagas formais do turismo no Brasil, segundo boletim temático inédito divulgado pela Sudene. A publicação analisa os indicadores sociais e econômicos associados à atividade, apontando os desempenhos expressivos da Região e os principais desafios estruturais enfrentados.
9,8% do PIB da Região
O estudo mostra que o turismo já representa 9,8% do PIB do Nordeste, a maior participação entre todas as regiões do País. Embora o segmento de sol e praia continue sendo o carro-chefe da atividade, outros atrativos vêm ganhando relevância, como o turismo de negócios, o cultural, o religioso e o ecoturismo.
No campo do emprego, a análise também revela contrastes. Bahia, Ceará e Pernambuco concentram quase dois terços das vagas, com destaque para o setor de alimentação, responsável por mais de 247 mil postos de trabalho. Apesar de ser o maior empregador, o segmento é também o de menor remuneração média: R$ 1.549. Já o transporte aéreo, que emprega um contingente muito menor, oferece salários que chegam a ser três vezes superiores.
O tempo médio de permanência no emprego foi de 40 meses, ligeiramente acima da média nacional (39,4 meses). O levantamento também aponta que a participação feminina no mercado formal do turismo é menor no Nordeste (45,6%) em comparação à média nacional (49,9%).
Turismo internacional
O Nordeste também se destacou na atração de turistas estrangeiros. Em 2024, os aeroportos da Região receberam 337 mil visitantes internacionais, crescimento de 36,7% em relação ao ano anterior – mais do que o dobro da média nacional (14,6%). A Bahia liderou em volume, com 143,6 mil chegadas, seguida pelo Ceará (96,8 mil), Pernambuco (70,6 mil) e Rio Grande do Norte (25,9 mil). Salvador, Recife e Fortaleza se consolidaram como hubs internacionais, concentrando 87% dos pousos internacionais no primeiro semestre de 2025.