O Conselho Regional de Economia (Corecon-CE) e a Fecomércio-CE, em parceria, divulgam a sexagésima nona edição da pesquisa Índice de Expectativas dos Especialistas em Economia (IEE). A pesquisa, de periodicidade bimestral, colheu no período setembro-outubro as expectativas de 82 especialistas em economia. O estudo é coordenado pelo professor e economista Ricardo Eleutério Rocha.
A pesquisa pontua de zero a 200 pontos as variáveis analisadas. Abaixo de 100 pontos configura-se uma situação de pessimismo e acima desse valor, otimismo. O número de variáveis analisadas com otimismo foi menor que o da pesquisa anterior, apenas uma: evolução do PIB (112,7 pontos).
Resultados
O número de variáveis percebidas com pessimismo foi maior que o da pesquisa anterior, oito: oferta de crédito (96,8 pontos), nível de emprego (94,4 pontos), salários reais (92,1 pontos), taxa de inflação (89,7 pontos), taxa de câmbio (87,3 pontos), taxa de juros (81,0 pontos), cenário internacional (79,4 pontos) e gastos públicos (38,1 pontos).
Conforme a metodologia, cada uma das variáveis analisadas gera três índices: de percepção presente, futura e de expectativa geral. Considerando a soma das variáveis, o índice de percepção geral passou de 79,1 pontos para 85,7 pontos, uma redução de 8,3% no pessimismo em relação à pesquisa anterior.
Futuro
Sobre o comportamento futuro das variáveis, a pesquisa revela um declínio de 4,8% no pessimismo, com a pontuação passando de 84,1 pontos para 88,2 pontos. Ademais, vale salientar que a percepção sobre o desempenho presente apresentou redução de 12,4% no pessimismo, atingindo 83,2 pontos.
A pesquisa Índice de Expectativas dos Especialistas em Economia (IEE) revela, na sua sexagésima nona edição, que o número de variáveis analisadas com pessimismo foi maior que o da pesquisa anterior, oito. Os índices de percepção geral (85,7 pontos), de percepção futura (88,2 pontos) e de percepção presente (83,2 pontos) permanecem na zona do pessimismo.
Representatividade
A mostra reúne profissionais dos mais diversos setores da economia cearense: indústria, agricultura, setor público, mercado financeiro, comércio e serviços. Economistas, empresários, consultores, executivos de finanças, professores universitários, pesquisadores, analistas e dirigentes de entidades diversas contribuíram com suas percepções.
Cabe destacar que as expectativas movem os agentes econômicos impactando, positivamente ou negativamente, o comportamento das diversas variáveis econômicas como consumo, investimento, poupança, taxa de juros, dentre outras.
Ao mesmo tempo, a performance, positiva ou negativa das variáveis, índices e indicadores econômicos interfere na percepção dos diversos agentes econômicos. Assim, as expectativas são a um só tempo causa e consequência do comportamento econômico.