Ceará tem 2º pior rendimento per capita com R$ 1.210; só o Maranhão fica atrás com R$ 1.078

populacao
O rendimento médio mensal real de todas as fontes da população residente do Ceará variou positivamente em 7,5% entre 2024 e 2023 Foto: Divulgação

Apenas o Maranhão (R$ 1.078) teve rendimento médio mensal domiciliar per capita inferior ao Ceará (R$ 1.210). O rendimento médio mensal real de todas as fontes da população residente do Ceará variou positivamente em 7,5% entre 2024 e 2023. Os números falam do fosso de desigualdade da renda no Estado, detentor do maior PIB do Nordeste.

O rendimento mensal domiciliar per capita em 2024 no Ceará registrou a menor variação positiva desde 2019. Na passagem de 2023 para 2024, a variação da massa de rendimento médio domiciliar per capita foi positiva em 6,7%, no entanto, foi a menor variação positiva desde 2019-2020 (8,6%).

Concentração de renda

Em 2024, o rendimento médio mensal real domiciliar per capita da parcela 1% mais rica da população foi 20,9 vezes o rendimento dos 40% mais pobres;    • Apenas na região Nordeste e no Ceará, o índice de Gini do rendimento médio mensal real do trabalho habitualmente recebido (0,51 e 0,50 respectivamente) é maior do que o índice de Gini do rendimento domiciliar per capita (0,50 e 0,49 respectivamente).

Em baixa

O rendimento médio mensal real de outras fontes da população residente do Ceará variou negativamente em -2,8% entre 2024 e 2023. Além disso, a proporção da população residente com rendimento habitualmente recebido em todos os trabalhos no Ceará em 2024 foi de 39,1%, ainda inferior ao observado em 2019 (39,4%).

No País

No País, a renda per capita registrou aumento de 4,7% e a desigualdade caiu ao menor nível desde 2012. Os números são da Pnad Contínua, divulgada na quinta (8), pelo IBGE, mostrando avanços sociais registrados em 2024 a partir da renda do trabalho. A massa de rendimentos é a maior da série histórica: R$ 438 bilhões

 Em 2024, o rendimento mensal real domiciliar per capita chegou ao maior valor da série histórica do módulo Rendimento de todas as fontes, da PNAD Contínua, iniciada em 2012: R$ 2.020, com alta de 4,7% ante 2023. Em relação a 2012 (R$ 1.696), ano inicial da série histórica, a elevação foi de 19,1%.

A massa de rendimento mensal domiciliar per capita também atingiu o maior valor da série em 2024: R$ 438,3 bilhões. O aumento, em termos reais, foi de 5,4% ante 2023. Em relação a 2019, último ano antes da pandemia de Covid-19, a alta foi de 15,0%.

O rendimento de todas as fontes aumentou 2,9% frente a 2023, atingindo R$ 3.057 em 2024, recorde da série histórica. Igualmente, outros indicadores atingiram seus maiores valores reais desde 2012: o rendimento habitualmente recebido em todos os trabalhos (R$ 3.225) e o de programas sociais do governo (R$ 836).

A participação do rendimento do trabalho na composição do rendimento domiciliar per capita cresceu de 74,2% para 74,9%, de 2023 para 2024. Apesar da alta, essa proporção ainda está abaixo da máxima da série (76,9%) atingida em 2014.