Produtos de limpeza: consumidor prioriza preço e impulsiona marcas mais baratas

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Com retração média de 6% em volume, 61% das marcas líderes  em valor perderam participação em volume no último ano Foto: Freepik

A busca por preços mais baixos tem guiado as escolhas do consumidor na cesta de limpeza, revela a pesquisa “O Valor do Brilho”, da NielsenIQ.

No ano móvel encerrado em maio, as marcas economy cresceram 5,6% em valor — o dobro da alta registrada pelas marcas premium.

Preço determinante

A vantagem competitiva no preço foi determinante para que essas marcas superassem barreiras de entrada e conquistassem novos consumidores. De acordo com Gabriel Fagundes, diretor de insights para a indústria da NielsenIQ, o consumidor brasileiro se adaptou ao cenário de preços elevados.

Marcas econonomy

“Vemos um contexto em que o consumidor segue muito pressionado pelas altas dos preços. Como forma de adaptação na cesta de Limpeza, passa-se a buscar alternativas mais acessíveis — o que impulsionou o crescimento das marcas economy, embalagens maiores e mixagem de segmentos”, afirma.

Promoções atraem

Esse movimento é também refletido nas vendas promocionais: enquanto as marcas economy avançaram 1,8% nas vendas com promoção, as marcas premium registraram retração de 2%. O cenário contribuiu para que as marcas de menor desembolso ampliassem sua presença em 24 categorias da cesta de limpeza.

Líderes perdem 6%

Na contramão, 61% das marcas líderes em valor perderam participação em volume, com queda média de 6% nas vendas, enquanto as demais marcas cresceram 9%.

Apesar da pressão sobre as marcas tradicionais, o desempenho geral da cesta de limpeza foi positivo: alta de 3,7% em valor e 2,1% em volume. O preço médio também subiu, com aumento de 1,9% no primeiro trimestre de 2025, impulsionado principalmente pelas categorias de sabão líquido e amaciante.

Perfil dos consumidores

O crescimento da cesta foi puxado, sobretudo, por lares maiores, mais jovens e com crianças. Os destaques são famílias com mais de cinco membros, pertencentes ao Nível Socioeconômico (NSE) Médio, com até 35 anos e filhos. No total, esses lares aumentaram a intensidade de compra em 5,9%.