Os dados do Novo Caged de setembro, divulgados nesta quinta-feira (30) pelo ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, indicam que o Brasil registrou saldo positivo de 213.002 empregos formais no mês.
O resultado é fruto de 2.292.492 admissões e 2.079.490 desligamentos em todo o País. No Ceará, o saldo do emprego formal em setembro foi de 10.561.

Ceará
O nível de ocupação formal atingiu o total de 1.459.899 empregos com carteira assinada no Ceará. Em setembro, todos os setores registraram saldos positivos, com destaque para os serviços (3.727), construção (2.334) e indústria (2.060).
Para o setor de serviços, destaca-se a contratação de profissionais no subsetor de Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (2.020), especialmente no segmento de Consultoria em Tecnologia da Informação (1.091).
Considerando os dados da Construção os números revelam o crescimento da contratação para a construção de edifícios (1.652).
Para a indústria, o subsetor da indústria de transformação se destacou com o saldo de 1.742 novos postos de trabalho, especialmente nos segmentos de calçados (425) e vestuários (389). Vale destacar ainda a expansão de produção de lavouras temporárias, em especial o cultivo do melão (524).
Em termos territoriais, os municípios com a maior geração de empregos são Fortaleza (3.507), Lavras da Mangabeira (565), Juazeiro do Norte (511), Caucaia (477), Morada Nova (462), Horizonte (456) e Maracanaú (417).
Fortaleza lidera no NE
Fortaleza encerrou setembro de 2025 na liderança entre as capitais do Norte e Nordeste na geração de empregos formais. O saldo positivo de 3.507 postos de trabalho colocou a capital cearense também entre as cinco que mais criaram vagas em todo o país — atrás apenas de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília.
No recorte regional, a cidade também ficou em 1º lugar em admissões (33.431) e em estoque de empregos formais (776.033) entre as capitais do Norte e Nordeste.
O desempenho de setembro foi puxado principalmente pelo setor de Serviços, que criou 1.316 novas vagas, seguido da Construção Civil (1.091), Comércio (627) e Indústria (472). Apenas Fortaleza respondeu por 33,2% das vagas geradas em todo o Ceará, que teve saldo global de 10.561 novos postos de trabalho.
Brasil
No acumulado de janeiro a setembro de 2025, o saldo chega a 1.716.600 novos vínculos com carteira assinada, um crescimento de 3,6% em relação ao mesmo período do ano anterior, elevando o total de vínculos formais para 48.912.343. Considerando os últimos 12 meses — de outubro de 2024 a setembro de 2025 —, o país contabiliza 1.399.904 novos postos de trabalho.
Atividades aquecidas
Todos os cinco grandes grupamentos de atividades econômicas registraram saldo positivo em setembro. O setor de Serviços liderou a geração de empregos, com +106.606 postos de trabalho (+0,5%), seguido pela Indústria, que criou +43.095 vagas (+0,5%). O Comércio apresentou saldo de +36.280 empregos (+0,3%), enquanto a Construção Civil gerou +23.855 postos (+0,8%). Já a Agropecuária encerrou o mês com +3.167 novas vagas (+0,2%).
Positivo em todo o País
Em setembro de 2025, todas as 27 Unidades da Federação registraram saldo positivo de empregos formais. Os maiores resultados absolutos foram observados em São Paulo (+49.052 vagas), Rio de Janeiro (+16.009) e Pernambuco (+15.602). Já em termos proporcionais, os maiores crescimentos ocorreram em Alagoas (+3%), Sergipe (+1,7%) e Paraíba (+1,1%). As menores variações foram registradas em Roraima (+295 postos, ou +0,35%), Amapá (+735, ou +0,72%) e Acre (+845, ou +0,73%).
Dos postos de trabalho gerados, 78,9% correspondem a empregos típicos, enquanto 21,1% são considerados não típicos, com destaque para os vínculos de trabalhadores com jornada de até 30 horas semanais (+27.527) e aprendizes (+15.357).
Salários
O salário médio real de admissão em setembro de 2025 foi de R$ 2.286,34, registrando uma redução de R$ 20,61 em comparação com o mês anterior.
Entre os trabalhadores típicos, o salário médio foi de R$ 2.332,47, valor 2% superior à média geral. Já entre os não típicos, a média salarial foi de R$ 1.949,35, o que representa 14,7% abaixo da média geral.
Perfil dos trabalhadores
O saldo de empregos em setembro foi mais favorável para os homens, com +117.145 vagas, em comparação às +95.857 criadas para as mulheres.
Os jovens de 18 a 24 anos (+110.953) e os adolescentes de até 17 anos (+31.105) foram os principais responsáveis pela expansão do emprego formal, concentrando 67% dos novos postos de trabalho no mês.
Desempenho por setor
Em setembro de 2025, todos os cinco grandes grupamentos de atividades econômicas registraram saldo positivo de empregos formais.
O setor de Serviços foi o principal responsável pela geração de vagas, com +106.606 postos de trabalho (+0,5%), refletindo o bom desempenho de diversas áreas. Entre os destaques, estão:
Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (+52.873), impulsionadas sobretudo por Atividades Administrativas e Serviços Complementares (+36.794), com ênfase em Locação de Mão de Obra Temporária (+11.251);
Administração pública, defesa e seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (+16.985); Alojamento e alimentação (+15.368); Transporte, armazenagem e correio (+14.105).
Na Indústria, houve crescimento de +43.095 postos de trabalho (+0,47%), com destaque para: Fabricação de produtos alimentícios (+24.131); Fabricação de produtos de borracha e de material plástico (+2.377).
O Comércio foi o terceiro maior gerador, com +36.280 postos (+0,3%), principalmente no Comércio Varejista (+23.672).
A Construção Civil também apresentou saldo positivo, com +23.855 postos (+0,8%), impulsionada por: Construção de edifícios (+10.540); Serviços especializados para construção (+7.079).
A Agropecuária registrou saldo de +3.167 postos (+0,17%), com destaque para: Cultivo de cana-de-açúcar (+2.978), principalmente em Pernambuco (+1.857) e
Cultivo de laranja (+1.258).