Inflação de Fortaleza e Região Metropolitana em maio é 3º maior entre regiões pesquisadas

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O maior IPCA do Nordeste. Na Região Metropolitana de Fortaleza, considerando a variação por grupos, os que apresentaram alta foram: Habitação 1,93%, Despesas Pessoais 0,52% e Alimentação e Bebidas 0,50% 

Sempre entre as áreas com maior pressão sobre os preços. A inflação medida pelo IPCA de maio de 2025 na Região Metropolitana de  Fortaleza é o 3º maior índice entre as regiões pesquisadas pelo IBGE.

Maior do NE

O IPCA registrado em Fortaleza em maio foi de 0,57% em maio e 2,67% no acumulado do ano. Ficou abaixo somente de Brasília (0,82%) e Belém (0,66%). Portanto, maior do Nordeste.

Em relação ao País, em maio, o índice da RMF ficou acima dos 0,26% registrados para o País. Já no acumulado do ano a RMF permaneceu abaixo do acumulado registrado para o Brasil 2,75%.

Maiores altas

Na Região Metropolitana de Fortaleza, para variação por grupos, observamos que apresentaram variação positiva foram: Habitação 1,93%, Despesas Pessoais 0,52% e Alimentação e Bebidas 0,50%.

A alta na Habitação foi influenciada pela variação positiva da energia elétrica 6,57%, apesar da baixa na tarifa de 1,68% a partir do dia 22 de abril.

Com a vigência da bandeira tarifária amarela no mês de maio, adicionando R$ 1,885 na conta de luz a cada 100 KWh consumidos, a energia elétrica residencial (3,62%) foi o subitem com o maior impacto individual no índice do grupo Habitação.

No grupo de alimentação e bebidas contribuíram para a alta os subitens café 3,99%, água e refrigerante 2,38%, polpa de fruta 1,32%, carnes 1,79%, Aves e ovos 0,98% e Leite e derivados 0,93%.

Brasil

No índice geral Brasil, o grupo de despesas habitação apresentou o maior impacto na taxa de inflação do mês, com uma alta de preços de 1,19%, influenciada principalmente pelo aumento da energia elétrica residencial (3,62%).

“Além do reajuste em algumas áreas pesquisadas, e aumento nas alíquotas de PIS/COFINS, esteve vigente no mês de maio a bandeira tarifária amarela, com cobrança adicional de R$ 1,885 na conta de luz a cada 100 kWh (quilowatts-hora) consumido”, afirmou o pesquisador do IBGE Fernando Gonçalves.

Também houve aumento nos custos do gás encanado (0,25%) e da taxa de água e esgoto (0,77%).

Transportes

Por outro lado, a deflação (queda de preços) de 0,37% nos transportes e a perda de ritmo da inflação da alimentação (que passou de 0,82% em abril para 0,17% em maio) colaboraram para o recuo da inflação oficial no mês.

Nos transportes (que tiveram deflação de 0,38% em abril), houve queda de preços de passagens aéreas (-11,31%), gasolina (-0,66%), óleo diesel (-1,30%), etanol (-0,91%) e gás veicular (-0,83%).

Alimentação recua

Já no grupo alimentação, os principais responsáveis pelo recuo da taxa de inflação foram as quedas de preços do tomate (-13,52%), do arroz (-4%), do ovo de galinha (-3,98%) e das frutas (-1,67%).

Entre os demais grupos de despesas, houve deflação nos artigos de residência (-0,27%) e quedas na taxa de inflação nos grupos vestuário (que passou de 1,02% em abril para 0,41% em maio), saúde e cuidados pessoais (de 1,18% para 0,54%), despesas pessoais (de 0,54% para 0,35%) e comunicação (de 0,69% para 0,07%). Educação manteve a taxa de 0,05% de abril para maio.