Fortaleza tem deflação em abril com influência de gasolina e energia; novas altas em maio

arroz
Somente Fortaleza (-0,15%), entre os locais pesquisados pelo Instituto, registrou queda de preços, por conta do recuo na gasolina (-3,97%) e na energia elétrica residencial (-3,80%)

Fortaleza anotou deflação em abril com alívio em preços de gasolina, energia residencial vestuário e outras despesas pessoais.

Preços subindo

No entanto, em maio já se vê uma reversão desse cenário. Postos de combustíveis já elevaram a gasolina em Fortaleza, em sua maioria ao patamar de R$ 5,99, (à vista, pix ou promoção) -. antes o consumidor encontrava o mesmo insumo até a R$ 5,43 - e alimentos continua a pesar mais e mais. Sobretudo, o arroz já teve o preço alavancado a patamares elevados, diante da tragédia no Rio Grande do Sul, com estabelecimentos já antecipando aumentos.

Abril e acumulados

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de abril foi de -0,15%, na Região Metropolitana de Fortaleza, e ficou 0,43 ponto percentual abaixo da taxa de março (0,28%). No ano, o IPCA acumula alta de 1,66% e, nos últimos 12 meses, de 3,99%, abaixo dos 4,72% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em abril de 2023, a variação havia sido de 0,56%.

O que subiu e caiu

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, seis tiveram alta em abril. Os grupos que registraram os maiores impactos no índice do mês foram Saúde e cuidados pessoais (1,13%, impacto de 0,15 p.p.) e Alimentação e bebidas (0,47%, com 0,11 p.p. cada. Na sequência, tanto Artigos de residência (0,71%) como Comunicação (0,14%) contribuíram com 0,03 p.p. Os demais grupos ficaram entre o -1,54% de Transportes e o 0,37% de Vestuário. As quedas foram observadas nos grupos Habitação (-1,02%), Transportes (-1,54%) e Despesas pessoais (-0,32%).

No grupo Saúde e cuidados pessoais (1,13%), a maior variação (3,37%) veio dos produtos farmacêuticos, após a autorização do reajuste de até 4,50% nos preços dos medicamentos, a partir de 31 de março. Destacam-se as altas do anti-inflamatório e antirreumático (4,05%), do anti-infeccioso e antibiótico (6,00%) e do hipotensor e hipocolesterolêmico (4,13%).

Alimentos mais caros

Em Alimentação e bebidas (0,47%), a alimentação no domicílio elevou-se 0,63% em abril, já havendo registrado alta de 0,85% em março. Foram observadas altas nos preços do mamão (8,46%), da cebola (20,19%), do tomate (36,57%) e do maracujá (14,96%). Na contramão, a alimentação fora do domicílio (-0,07%) registrou variação negativa. O lanche desacelerou 0,14%, e o subitem refeição (-0,08%).

Somente Fortaleza (-0,15%), entre os locais pesquisados pelo Instituto, registrou queda de preços, por conta do recuo na gasolina (-3,97%) e na energia elétrica residencial (-3,80%).

INPC segue tendência

Fortaleza (-0,13%) foi o único local, dentre os investigados pelo IBGE, a registrar queda de preços em abril, influenciada pela energia elétrica residencial (-3,98%) e pela gasolina (-3,97%). Já a maior variação aconteceu em Aracaju (0,84%), por conta das altas da cebola (27,77%) e do tomate (23,20%).

O Índice de Preços ao Consumidor - INPC teve queda de 0,13% em abril na Região Metropolitana de Fortaleza, 0,44 p.p. abaixo do registrado em março (0,31%). No ano, o INPC acumula alta de 1,64% e, nos últimos 12 meses, de 3,86%, abaixo dos 4,72% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em abril de 2023, a taxa foi de 0,69%. Os produtos alimentícios passaram de 0,81% de variação em março para 0,49% em abril.