
Fortaleza registrou deflação de 0,07% em agosto, acumulando 3,09% no ano e de 5,01% em 12 meses. Em julho, havia ficado em 0,11%.
Brasil
No País, a inflação oficial ficou negativa no mês de agosto, ou seja, os preços ficaram mais baratos em média, o menor resultado desde 2022 para o referido mês. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi divulgado na quarta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os índices da RMF e da Região Metropolitana de Curitiba, em agosto de 2025, apresentaram deflação de -0,07%, sendo a maior deflação observada em Goiânia (GO) e na Região Metropolitana de Porto Alegre (RS), de -0,4%. Apenas as regiões metropolitanas da Grande Vitória (ES) e de São Paulo (SP) e o município de Brasília (DF) registraram índices positivos, com inflação de 0,23%, de 0,10% e de 0,11%, respectivamente.
Grupos na RMF
Na Região Metropolitana de Fortaleza, apresentaram variação negativa os grupos: Habitação (-0,87%), Alimentação e bebidas (-0,59%) e Comunicação (-0,13%). A queda no grupo Habitação foi influenciada pela variação negativa da energia elétrica residencial (-3,53%). No grupo de Alimentação e bebidas, contribuíram para a redução da inflação os subitens Manga (-21,47%), Cebola (-19,7%) e Tomate (-15,85%). No grupo Comunicação, foi o subitem aparelho telefônico que apresentou a maior variação negativa, de -0,59%.
No grupo de Transportes, apesar do resultado global ainda ser positivo, em 0,18%, destacam-se as quedas no transporte público, de -1,15%, nas passagens aéreas, de 7,53%, na gasolina, de -0,57%, e no diesel, de -0,71%.
1ª queda desde 2024 no País
Em julho, o índice geral do País tinha ficado em 0,26%. Essa deflação (inflação negativa) é a primeira desde agosto de 2024 (-0,02%) e a mais intensa desde setembro de 2022 (-0,29%). Com o resultado de agosto de 2025, o acumulado de 12 meses chega a 5,13%, abaixo dos 5,23% dos 12 meses terminados em julho, mas ainda acima da meta do governo, de até 4,5%.
Energia
A conta de luz recuou 4,21% no mês, representando impacto negativo de 0,17 ponto percentual (p.p.), figurando como o subitem que mais puxou a inflação para baixo. Com isso, o grupo habitação recuou 0,90%.
A explicação está no chamado Bônus de Itaipu, desconto na conta que beneficiou 80,8 milhões de consumidores. Conforme adiantou a Agência Brasil, a bonificação compensou a bandeira tarifária vermelha 2, que adiciona R$ 7,87 na conta e luz a cada 100 Kwh consumidos. O grupo alimentação e bebidas (-0,46%) caiu pelo terceiro mês seguido. O de transportes (-0,27%) também ajudou a deixar o IPCA negativo IPCA.
Inflação oficial
O IPCA apura o custo de vida para famílias com rendimentos entre um e 40 salários mínimos. Atualmente o valor do mínimo é R$ 1.518. A coleta de preços do IPCA é feita em dez regiões metropolitanas - Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre - além de Brasília e nas capitais Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís e Aracaju.
Metas
O índice é a principal métrica para acompanhamento da política de metas de inflação. A meta atual estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) é de 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos, ou seja, um intervalo de 1,5% a 4,5%.
Desde o início de 2025, o período de avaliação da meta é referente aos 12 meses imediatamente passados e não apenas o alcançado no fim do ano (dezembro). A meta só é considerada descumprida se estourar o intervalo de tolerância por seis meses seguidos, o que aconteceu em junho.